Matérias e vídeos - 2009


                                                                                                                                  


Rozeane e Marleide se destacam no 5º Desafio da Mata Atlântica (03/07/09)
Entre dois mil participantes, ambas foram vencedoras em suas respectivas categorias.



A equipe Epas/Osan participou com 16 atletas da corrida que é considerada uma das mais duras do País, o Desafio da Mata Atlântica. Isso porque o percurso de 7,5 km consiste somente em subidas íngremes, o que exige muito do físico dos atletas. Na 5ª edição da prova, que ocorreu no sábado (3/7), em Cubatão, as guerreiras da equipe Epas/Osan foram Rozeane Duda de Arruda e Marleide Maria da Silva. Ambas conquistaram o 1º lugar em suas respectivas categorias: 30-34 anos (Rozeane) e deficiente visual (Marleide).
No masculino, os melhores resultados foram alcançados por Lourival A. Nascimento (30-34) e Vinicius Cordeiro (25-29), que fecharam a prova em 3º lugar por categoria.
Além do alto nível técnico e trajeto pesado, a competição tradicionalmente possui outro diferencial. A compensação pelo desgaste físico causado aos dois mil atletas inscritos é a possibilidade de apreciar as belezas e sensações de correr em uma área de total preservação ambiental e histórica, o Caminho do Mar, a famosa Estrada Velha, local do evento. Há até quem leve consigo máquina fotográfica para registrar a paisagem e o visual.

Veja a tabela geral de classificação:
FEMININO

Rozeane Duda de Arruda- Cat. 30-34
21ª Geral ; 1ª Categoria
Luciana Maura S.e Santos - Cat. 35-39
45ª Geral; 9ª Categoria
Mariza Rodrigues - Cat. 35-39
46ª Geral ; 10ª Categoria
Marleide Maria da Silva - Def. Visual
167ª Geral ; 1ª Categoria
Cleonice Maria Batista - Cat 45-49
403ª Geral ; 59ª Categoria
MASCULINO
Lourival A. Nascimento - Cat 30-34


                                                                                                                                 
                                                                                                                                                                   

Recorte JT (21/02/2009) - Cedido por Elza Loureiro




                                                                                                                                                                  
                                                                                                                                                                 

Após triathlon, atleta cega pode correr prova de aventura
  Por Alexandre Koda | 10/02/2009


Foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br

Marleide da Silva, atleta totalmente cega, participou no último domingo pela primeira vez do Triathlon Internacional de Santos, prova com 1,5 quilômetros de natação, 40 de ciclismo e 10 de corrida e já pensa em disputar provas rústicas. Ela nada, pedala e corre com guias especializados, mas especificamente na bike conta com o apoio de uma experiente triathleta: Nelma Raizer.
Nelma começou a competir em 1987, foi uma das primeiras brasileiras a disputar o Ironman do Havaí e atualmente divide seu tempo com as provas de aventura e o treinamento de Marleide em Santos. “Comecei com ela na etapa de São Paulo do Troféu Brasil de Triathlon ano passado e já é possível perceber uma evolução”, conta a treinadora. “Ano passado fomos campeãs brasileiras de ciclismo em resistência, contra-relógio e no velódromo em pista, na perseguição de quatro quilômetros”, completa.
Durante os treinos, Nelma é a responsável por Marleide, já que a encontra no ponto de ônibus, leva todo o alimento e bebida necessários e saí para pedalar. “Até hoje eu fico receosa, pois andar no trânsito é complicado, os motoristas não respeitam, ninguém sabe que ela é deficiente visual”.
Marleide conta que fez um treinamento intenso para completar o Internacional e se diz emocionada por tem completado. “Eu me preparei um mês, em janeiro não tive férias e graças a Deus com a ajuda das minhas guias ocorreu tudo bem”. Já sobre as dificuldades de se treinar na cidade, ela encara com bom humor. “Treinamos mais na estrada, porque na cidade é impossível. Mesmo assim sempre tem uns ‘peões’ que ficam na frente e atrapalham”.
Frutos e futuro - O pouco tempo de parceria rendeu além dos títulos, portas abertas para outras atletas, já que no Campeonato Brasileiro de Pista ano passado, além de Marleide, outras três atletas estiveram sob a tutela de Nelma. “Procuro passar um pouco do que eu sei, a minha experiência”. 
Com as primeiras metas cumpridas, Nelma já vislumbra a participação de sua pupila em outros tipos de competição, como as Corridas de Aventura, conhecidas por serem disputas em meio à natureza e que envolvem diferentes esportes e técnicas, como ciclismo, caiaques, trekking, entre outros. “O Adventure Camp seria uma boa prova, pois é mais tranqüila. Já temos o equipamento e uma pessoa para fazer a navegação, só falta um patrocínio”, finaliza.
Marleide começou no esporte nas corridas de rua, depois migrou para o biathlon, para o triathlon e, ao ser perguntada se aceitaria o desafio de participar de uma Corrida de Aventura, não hesita na resposta e é enfática. “Eu encaro, sem problemas”. 

Fonte: http://yescom.webrun.com.br/esporteadaptado/n/apos-triathlon-atleta-cega-pode-correr-prova-de-aventura/9275

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