sábado, 22 de dezembro de 2012

SPTRI – Federação Paulista de Triathlon

Paratletas dão show de resistência e superação no INTERESTADUAL

Por: Atualizado: 20/12/2012 - 21h52

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Marleide Maria da Silva e a guia Nelma Raizer
Buscar o primeiro lugar no pódio é o que incentiva o atleta a dar o melhor de si nas competições. E a persistência vale para todos, independentemente de suas condições físicas. Um exemplo a ser seguido é o dos paratletas participantes do 3º Interestadual de Triathlon, que aconteceu em Brotas no último domingo, dia 16.
Sérgio Silva, de 47 anos, foi o primeiro a completar a prova pela categoria TRI4. “Quero ver mais pessoas com deficiência competindo. Muitos são atletas e não participam de provas de Triathlon. Faço por amor ao esporte e quero mais gente comigo”, convidou.
Promotor de eventos e residente em São Paulo, Silva gostou da parte técnica da prova, apesar das alterações por causa do clima chuvoso. “É a primeira vez que disputo pela Federação, estava difícil, mas muito boa”, falou. Fernando Cobra, segundo colocado na categoria TRI5, manterá o ritmo para as próximas competições: “Vou voltar a ser competitivo”, disse.

Fernando Cobra
O Paratriathlon também contou com Marleide Maria da Silva, que, por ser cega, fez as três etapas da prova acompanhada pela amiga e guia Nelma Raizer (ex-competidora e atualmente professora de Educação Física). As duas comemoraram ao levantar o troféu da categoria TRI6. “A satisfação é em dobro”, disse Marleide.
Marcílio da Silva Ferreira, o único na categoria TRI1, se superou ainda mais. Mesmo com as dificuldades causadas pela chuva e com equipamento não completamente adequado para a disputa, o atleta conseguiu completar o percurso, cruzando a linha de chegada com sua bike especial.
“A superação dos limites mostra que não somos coitadinhos, é questão de adaptação”, ensinou a vencedora na categoria TRI4, Miriam Hatano.
O Diretor da Prova, Rychard Hryniewicz Junior, falou sobre a lição que pode ser aprendida com os paratletas em uma competição como esta: “Faço questão de organizar as largadas de forma que os paratletas saiam primeiro e completem o percurso de natação sendo assistidos pelos mais de 150 atletas que largarão em seguida. Isto para que eles percebam o esforço de fazer um esporte extenuante como o Triathlon, ainda mais no nível de um INTERESTADUAL, e se motivem ainda mais. Para quando bater a dor e a dúvida, eles pensem no desafio de superação que é encarar essa ‘coisa maluca’ com todas as dificuldades de um paratleta”.
Depois deste INTERESTADUAL, fica o recado para quem pensa em desistir da luta: Espelhe-se nestes grandes exemplos!
Parabéns a todos os paratletas!

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