Paratletas dão show de resistência e superação no INTERESTADUAL
Buscar o primeiro lugar
no pódio é o que incentiva o atleta a dar o melhor de si nas competições. E a
persistência vale para todos, independentemente de suas condições físicas. Um
exemplo a ser seguido é o dos paratletas participantes do 3º Interestadual de
Triathlon, que aconteceu em Brotas no último domingo, dia 16.
Sérgio Silva, de 47
anos, foi o primeiro a completar a prova pela categoria TRI4. “Quero ver mais
pessoas com deficiência competindo. Muitos são atletas e não participam de
provas de Triathlon. Faço por amor ao esporte e quero mais gente comigo”,
convidou.
Promotor de eventos e
residente em São Paulo, Silva gostou da parte técnica da prova, apesar das
alterações por causa do clima chuvoso. “É a primeira vez que disputo pela
Federação, estava difícil, mas muito boa”, falou. Fernando Cobra, segundo
colocado na categoria TRI5, manterá o ritmo para as próximas competições: “Vou
voltar a ser competitivo”, disse.
O Paratriathlon também
contou com Marleide Maria da Silva, que, por ser cega, fez as três etapas da
prova acompanhada pela amiga e guia Nelma Raizer (ex-competidora e atualmente
professora de Educação Física). As duas comemoraram ao levantar o troféu da
categoria TRI6. “A satisfação é em dobro”, disse Marleide.
Marcílio da Silva Ferreira, o único na categoria
TRI1, se superou ainda mais. Mesmo com as dificuldades causadas pela chuva e com
equipamento não completamente adequado para a disputa, o atleta conseguiu
completar o percurso, cruzando a linha de chegada com sua bike especial.
“A superação dos
limites mostra que não somos coitadinhos, é questão de adaptação”, ensinou a
vencedora na categoria TRI4, Miriam Hatano.
O Diretor da Prova,
Rychard Hryniewicz Junior, falou sobre a lição que pode ser aprendida com os
paratletas em uma competição como esta: “Faço questão de organizar as largadas
de forma que os paratletas saiam primeiro e completem o percurso de natação
sendo assistidos pelos mais de 150 atletas que largarão em seguida. Isto para
que eles percebam o esforço de fazer um esporte extenuante como o Triathlon,
ainda mais no nível de um INTERESTADUAL, e se motivem ainda mais. Para quando
bater a dor e a dúvida, eles pensem no desafio de superação que é encarar essa
‘coisa maluca’ com todas as dificuldades de um paratleta”.
Depois deste
INTERESTADUAL, fica o recado para quem pensa em desistir da luta: Espelhe-se
nestes grandes exemplos!
Parabéns a todos os
paratletas!
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